Personalização do ensino é desafio que garante aprendizagem mais significativa


A sala de aula é um espaço repleto de diversidade. Cada estudante traz consigo uma bagagem única, com diferentes modos de aprender, interesses e níveis de conhecimento. Com a proposta de garantir uma educação mais significativa e que desenvolva o pensamento crítico, a personalização do ensino leva em conta as diferenças de ritmo, estilo de aprendizagem, interesses e habilidades de cada estudante, criando um ambiente mais eficiente, engajador e inclusivo. Diante dessa pluralidade, muitos se perguntam: como diferenciar o ensino para atender a todos?

Para muitos educadores, o conceito de diferenciação pode parecer desafiador, especialmente pela impressão de que seria necessário planejar atividades individuais para cada aluno. No entanto, Juliana Storniolo, diretora da FourC, esclareceu que essa não é a única abordagem possível.

“Nós podemos diferenciar o modo de apresentar os conteúdos, as atividades, por exemplo dando escolhas para esses alunos. Também podemos diferenciar os recursos que eles utilizam e o modo de avaliá-los. O mais importante é conhecermos os nossos alunos, o perfil, o que eles gostam, o modo de aprender deles e, aí sim, olhar para a nossa prática”, explica.

 

Diferenciação na prática
Mas como isso funciona na prática? Diferenciação não significa criar dezenas de atividades distintas, mas sim adotar estratégias que valorizem a diversidade dentro da sala de aula.

“Um exemplo é oferecer opções para que os alunos escolham como preferem realizar uma atividade: pode ser escrevendo, desenvolvendo um projeto ou até mesmo por meio de uma apresentação oral”, observa Juliana.

Além disso, é possível utilizar múltiplos formatos para apresentar um mesmo conteúdo, como vídeos, leituras ou dinâmicas em grupo. A avaliação também pode ser diversificada, indo além da prova escrita e contemplando projetos, debates ou outras formas de expressão.

 

O professor ensina e potencializa o aluno
Por trás de uma prática diferenciada, está o esforço de conhecer bem cada aluno. “O que eles gostam? Como aprendem melhor? Quais são suas dificuldades e potencialidades?”, são perguntas essenciais para quem deseja implementar a diferenciação. Esse conhecimento permite que o professor ajuste suas estratégias, tornando o ensino mais inclusivo e eficaz.

“Essa reflexão não apenas desafia, mas também inspira os educadores a inovarem e se aproximarem mais de seus alunos. Afinal, o objetivo final é que cada estudante tenha a oportunidade de aprender de forma significativa e alcançar todo o seu potencial”, destaca Juliana.

A diferenciação é, acima de tudo, um ato de empatia e comprometimento com o aprendizado de todos. É reconhecer que, em uma sala de aula cheia de singularidades, não existe uma única receita para ensinar.

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